Inteligência Artificial no setor de finanças

Competitividade e inovação. Duas palavras que, quando andam juntas, podem realmente transformar o jeito como vemos o mundo dos negócios e nos comportamos nele. Dois fatores que te empurram para frente, trazendo mudanças importantes e significativas à rotina empresarial.


Atualmente, o mundo inteiro atravessa uma transformação digital forte e consistente, que não deve estacionar tão cedo. Em se tratando de tecnologia, bem dizendo, não há um ponto de chegada. Sempre é possível dar um passo a mais, fazer novas descobertas e adotar práticas digitais inteligentes para facilitar o dia a dia organizacional e gerar maior lucratividade.

No âmbito das finanças não é diferente. Empresas do ramo financeiro também têm adotado soluções que têm a inteligência artificial como carro chefe, o que gera impactos indiscutíveis no setor – interna e externamente.

Um estudo organizado pela multinacional PwC revela que estamos chegando ao fim da primeira onda de transformação tecnológica. Até o momento, as mudanças envolveram a automação de sistemas e a estruturação da análise de dados, substituindo tarefas simples, como a pontuação de crédito, antes realizada manualmente por colaboradores.

Daqui por diante, no entanto, as máquinas ficam ainda mais inteligentes e conseguem realizar não apenas as atividades mais fáceis e mecânicas, como também desempenhar tarefas altamente qualificadas. Exemplos desses avanços incluem os drones, o trabalho dos robôs em grandes depósitos e os veículos que se movem sem precisar de um motorista.

O fato de os sistemas de inteligência artificial serem mais amplamente utilizados, combinado com os constantes avanços e melhorias na robótica, certamente irá desestabilizar as organizações até o final da década de 2020. Ainda segundo a pesquisa da PwC, “durante este período, os efeitos serão sentidos em todos os setores da indústria, embora os serviço financeiros talvez sejam os que sofrerão maior impacto.”

Um artigo publicado pelo District3 sobre o tema afirma que, nas negociações financeiras, “muito do que antes era feito por humanos, como a análise de tendências e a tomada de decisões sobre o melhor rumo a ser tomado, agora é realizado por algoritmos – de maneira mais eficiente e escalável.”

Apesar de toda essa digitalização parecer assustadora, ainda mais se considerarmos um setor tão tradicional como o financeiro, ela também oferece vantagens indispensáveis para aqueles que querem conquistar novos clientes e aumentar os lucros em tempos de forte presença digital.



Oportunidades e ameaças geradas pela IA no setor financeiro

Precisamos reconhecer: hoje, aqueles que querem vencer precisam dizer adeus ao tradicionalismo e investir em novas tecnologias para acompanhar os desejos e necessidades do mercado.

Organizações financeiras podem se beneficiar – e muito – com os inúmeros facilitadores digitais que já estão disponível no mercado.

A Mastercard, por exemplo, tem investido em técnicas de inteligência artificial para evitar fraudes e aumentar a segurança dos usuários de seus cartões. A bandeira também utiliza machine learning para serviços de consultoria e pesquisa, gerenciamento de programas de fidelidade e análise de dados.

Um reportagem da Business Insider afirmar que “os serviços são uma fonte de receita crescente para a Mastercard. Coletivamente, eles aumentaram a receita em 23% ao ano, atingindo um total de 620 milhões de dólares” até o final de 2016.

Processos inteligentes também reduzem os custos, otimizam tempo e ainda permitem que os profissionais do ramo possam dedicar mais energia a tarefas mais complicadas, eximindo-se da necessidade de perder horas ou até dias com procedimentos detalhados e trabalhosos, porém necessários para o bom funcionamento dos negócios.

Voltando à publicação da District3, “ao invés de encarar essas mudanças como substitutas da mão-de-obra, podemos enxergá-las como uma alteração na rotina de trabalho dos colaboradores, na qual os responsáveis por essas instituições precisam identificar como tirar melhor proveito dos altos níveis produtivos a partir de menores índices de erros, e maiores qualidade, velocidade e precisão.”


Quer alguns exemplos?

Este artigo afirma que não existe outro setor que esteja mais focado no desenvolvimento de na implementação da IA para oferecer serviços mais ágeis, precisos e eficazes do que a indústria financeira. Você há de concordar comigo: se a transformação digital fosse uma ameaça, será que tanta gente estaria interessada nas últimas tendências tecnológicas do mercado?

Bem, como disse anteriormente, os impactos são diversos e bastante significativos. Pense, por exemplo, nas fintechs. Tecnologias financeiras que funcionam totalmente online, sem cobrar taxas desnecessárias ou esconder informações dos clientes.

A Warren, uma fintech de investimentos financeiros, desenvolveu uma plataforma que o próprio usuário final realiza a gestão de seus capitais. Para isso, você conversa com o Warren, um bot baseado em inteligência artificial, que identifica suas necessidades, riscos e objetivos. Tudo isso sem o intermédio de um consultor e de uma maneira 100% digital.

No Brasil, nomes como Nubank e Neon estão cada vez mais em alta devido às suas plataformas modernas e integradas, capazes de superar a burocracia bancária e promover comodidade e praticidade aos usuários, que precisam apenas de uma conexão à Internet para realizarem diversos serviços financeiros.

O open banking é outra ferramenta digital que os bancos vêm adotando em todo o mundo, com o objetivo estreitar os laços com os usuários. Uma vez que os dados dos clientes são compartilhados com outras empresas, as instituições perdem a exclusividade da informação. As chances de receber ofertas e propostas mais tentadoras dos concorrentes aumentam. Consequentemente, as taxas e juros cobrados do usuário diminuem.

Uma reportagem do jornal O Estadão, de fevereiro de 2018, diz que a norma, que entrou em vigor na Europa no início do ano, “deve transformar o relacionamento atual entre investidores e os agentes do mercado financeiro por lá, com potencial de também movimentar o setor aqui no Brasil.”

Outra vantagem do open banking é possibilitar que o software de internet banking se torne um agregador de produtos oferecidos por outras empresas.

Dessa maneira, a inteligência artificial no setor financeiro é um grande fator transformador que não pode mais ser ignorado. As vantagens são inúmeras e funcionam tanto para fornecedores quanto para o consumidor final, que podem contar com soluções práticas e inovadoras desenvolvidas para, entre outras coisas:

fazer análise de big data para encontrar soluções e prevenir erros
estar up-to-date quanto às leis e regulamentações
estreitar a comunicação
facilitar processos
detectar possíveis fraudes
otimizar o tempo
economizar capital
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